| Harold
Bloom
Nasceu em Nova Iorque em 1930 e estudou nas Universidades
de Cornell e Yale. Lecciona, desde 1955, na Universidade
de Yale, e desde 1988, também na New York University.
A extensa obra de Harold Bloom abrange domínios que vão
desde a teoria da literatura e da poesia até à ficção,
passando pela interpretação bíblica e pela análise do
gnosticismo. Em qualquer destes domínios, o olhar de Harold
Bloom caracterizou-se sempre pela originalidade e independência
face a ortodoxias vigentes, possibilitando o traçar de
novas orientações para a criação literária, por um lado,
e para a crítica e teoria literária, por outro. Talvez
os conceitos de “matéria para pensar” e “pensamento em
acto” sejam aqueles que melhor se adequam à definição
da sua obra: cinzenta, tranversal, símbolo do cruzamento
frutífero entre a teoria e a prática. Para além de vários
artigos, publicou já, entre muitos outros, os seguintes
livros: The anxiety of influency: a theorie of poetry
(Oxford University Express, 1973) (trad. port. A angústia
da influência, Ed. Cotovia, 1991), Poetics of influence:
new and selected criticism (Henry R. Schwas, 1988), Ruin
the sacred truths: poetry and belief from the Bible to
the present (Harvard University Press, 1989), The Western
Canon: The Books and School of the Ages (Harcourt Brace,
1994), Modern mistery writers, edited and introduced by,
(Chelsea House Publishers, 1995), Modern crimes and suspense
writers, edited and introduced by, (Chelsea House Publishers,
1995), Toni Morrison: modern critical views, edited and
introduced by, (Chelsea House Publishers, 1999). |
|
| Maria
Irene Ramalho de Sousa Santos
doutorou-se em Literatura Norte-Americana em 1973, pela
Universidade de Yale, tendo como orientador da sua investigação
Harold Bloom. Actualmente, e desde 1988, é Professora
Catedrática da Faculdade de Letras (Grupo de Estudos Anglo-Americanos)
da Universidade de Coimbra, e, desde 1987, Investigadora
Permanente do Centro de Estudos Sociais da Faculdade de
Economia da mesma universidade. Possui também, desde 1986,
Agregação em Literatura Norte-Americana pela Universidade
de Coimbra. Lecciona nesta universidade desde 1965, coordena,
desde 1982, um Curso de Mestrado em Estudos Anglo-Americanos,
e tem colaborado com outras universidades: Universidade
de Wisconsin-Madison, King’s College London, Universidade
de Ásia Oriental-Macau, e Universidade da Madeira. Os
seus interesses de investigação, para além dos estudos
americanos, centram-se também nos seguintes domínios:
Literatura e culturas inglesa e americana, Literatura
comparada, Estudos culturais comparados, Sociologia da
cultura e Estudos feministas; neste último âmbito, integrou
entre 1994 e 1996, o Conselho Científico para a Avaliação
da área de Estudos sobre as Mulheres na União Europeia
(Projecto SIGMA), e orientou já teses de mestrado e doutoramento.
Irene Ramalho é também membro de várias associações: American
Studies Association onde é co-presidente, desde 1998,
da Task Force for International Women in American Studies
-, Associação Internacional de Lusitanistas, Associação
Portuguesa de Estudos Anglo-Americanos de que foi, entre
1984 e 1986, Presidente -, Associação Portuguesa de Literatura
Comparada, Emily Dickinson Society, European Association
for American Studies de que foi, entre 1992 e 1994,
Vice-Presidente -, European Society for the Study of English,
International Association of Literary Critics, International
Comparative Literature Association, Modern Language Association,
PEN Club Português, Wallace Stevens Society. Irene Ramalho
integra ainda, desde 1982, o conselho de redacção da Revista
Crítica de Ciências Sociais, o conselho editorial Sources
(Universidade de Orléans) e foi em 1999, membro do Júri
para atribuição do Prémio Camões. Data de 1984 um artigo
seu publicado na Biblos relativo a Harold Bloom: “Da crítica
à ficção: Harold Bloom no centro e na margem.” (Biblos
60, 1984). Tem ainda vasta obra publicada, de que se destaca
a seguinte: Atlantic Poets: Fernando Pessoa’s Turn in
Anglo-American Modernism (University Press of New England)
(no prelo); “American Studies and Feminist Scholarship.”
Intersections. Global Feminisms. Special Issue of American
Studies International. Ed. Jean Pfaelzer, Doris Friedensohn
and Deborah Rosenfelt. Vol 38.3 (October 2000); “Speaking
in Tongues.” Literatura e Pluralidade Cultural. Lisboa,
Colibri, 2000; (Org. e co-autoria), Literatura Norte-Americana.
Lisboa: Universidade Aberta, 1999; “Re-inventing Orpheus:
Women and Poetry Today.” Portuguese Studies [London],
nº 14, 1998; (Org.) Poesia do Mundo II (Porto, Afrontamento),
1998; (com Ana Luísa Amaral) “Sobre a ‘escrita feminina’.”
Coimbra, Oficina do CES, 1997; “American Studies and Feminist
Scholarship in Portugal.” Coimbra, Oficina do CES, 1997;
(Org.) Poesia do mundo: antologia bilingue (Porto: Afrontamento),
1995; “Women's Studies in Portugal.” Coimbra, Oficina
do CES, 1995; “O cânone nos Estudos Anglo-Americanos/The
Canon in Anglo-American Studies.” Introdução a O cânone
nos Estudos Anglo-Americanos, org. Isabel Caldeira (Coimbra:
Minerva), 1994; “A Red-Blue Dazzle: Poetry and the American
Flag.” Revue Française d'Etudes Americaines, nº 58, 1993;
[Recens.] Harold Bloom, A angústia da influência: uma
teoria da poesia, Tr. Miguel Tamen (Lisboa: Cotovia),
1992; “Plagiarism in Praise: Paul Auster and Melville.”
Dedalus 1, 1991; “Poetas do Atlântico: as descobertas
como metáfora e ideologia em Whitman, Crane e Pessoa.”
Revista Crítica de Ciências Sociais, nº 30, 1990; “‘The
City upon a Hill’: destino e missão na literatura americana.”
O imaginário da cidade (Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian),
1990; “Da poesia na América.” Biblos 62, 1988; “Lugares
de sentido na literatura americana.” Revista Crítica de
Ciências Sociais, nº 22, 1987; “Isabel's Freedom: James's
The Portrait of a Lady,” in Henry James and Henry James:
The Portrait of a Lady, both ed. Harold Bloom (New York:
Chelsea House, ‘Modern Critical Interpretations‘), 1987.
|
|