| Jean-Pierre
Dupuy,
um dos grandes teóricos das questões da complexidade,
nasceu em Paris em 1941, é Director de Investigação no
CNRS e professor de Filosofia Social e Política na Universidade
de Stanford (USA) e de Filosofia das Ciências Sociais
na Ecole Polytechnique (onde dirigiu, entre 1986 e 1998,
o Centro de Investigação em Epistemologia Aplicada - o
CREA que é, em França, uma das principais instituições
dedicadas à investigação no âmbito da Filosofia Moral
e das Ciências Cognitivas). Em 1999 fundou o GRISE (Groupe
de recherche et d’intervention sur la Science et l’Éthique),
na Ecole Polytechnique, que actualmente dirige. Em Stanford,
é ainda investigador no CSLI (Center for the Study of
Language and Information). A obra e as actividades de
Jean-Pierre Dupuy distribuem-se por campos teóricos muito
diversos. Tendo partido de uma formação académica científica,
nomeadamente nas áreas da matemática e da lógica, Jean-Pierre
Dupuy veio a dedicar-se à teoria económica, à epistemologia
das ciências sociais, à teoria geral dos fenómenos de
organização, abrangendo fenómenos sociais e mentais, e
finalmente à filosofia política e à ética. Para Jean-Pierre
Dupuy, a possibilidade do estudo paralelo dos fenómenos
da organização e da racionalidade ao nível social e individual,
é reveladora de um parentesco indesmentível entre estes.
Dupuy costumava fazer notar que não foi por acaso que
dois premiados com o Nobel da Economia (Friedrich Hayek
e Herbert Simon) e um outro economista e fundador da teoria
formal dos jogos (John Von Neumann) tiveram um papel decisivo
na constituição das ciências cognitivas. Publicou recentemente
La panique (Delagrange, 1991), Le sacrifice et l’envie.
Le libéralisme aux prises avec la justice sociale (Calmann-Lévy,
1992; coll. Pluriel, Hachette, 1997), Introduction aux
sciences sociales (Ellipses, 1992), Aux origines des sciences
cognitives (La Découverte, 1994). É autor de mais de duas
centenas de artigos que cobrem um vasto conjunto de temas.
É também director da colecção “Technocritique” nas Edições
Seuil. Jean-Pierre Dupuy colaborou ainda na tradução francesa
das obras de John Rawls (de entre elas A Teoria da Justiça)
e Charles Taylor. |
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| Sofia
Miguens
Assistente na Faculdade de Letras do Porto desde 1996,
tem leccionado nas áreas da Filosofia do Conhecimento
e da Filosofia da Mente. Em 1995 concluiu o Mestrado em
Filosofia na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da
Universidade Nova de Lisboa com uma dissertação intitulada
«As Ciências Cognitivas e a Naturalização do Simbólico»,
cujo tema são as relações da linguística cognitiva americana
com a Filosofia da Mente. Está prestes a concluir a tese
de doutoramento, que se intitula «Uma teoria fisicalista
do conteúdo e da consciência Daniel Denett e os debates
da filosofia da mente» e na qual são tratadas questões
como a semântica dos estados mentais, a consciência, a
acção, a identidade pessoal e a racionalidade bem como
a radicação da filosofia da mente na tradição da filosofia
analítica dos últimos 50 anos. Foi visiting scholar no
Departamento de Filosofia da New York University (NYU)
no semestre de Outono de 2000, como bolseira da Fundação
Luso Americana e da Fundação Calouste Gulbenkian. É membro
do Secretariado Executivo do Gabinete de Filosofia Moderna
e Contemporânea (GFMC) do Instituto de Filosofia da Faculdade
de Letras da Universidade do Porto. No âmbito do GFMC
tem vindo desde 1997 a colaborar na organização de conferências
e seminários de filosofia na FLUP bem como em actividades
de investigação e publicação da responsabilidade do Gabinete.
É membro da linha de investigação Para uma Antropologia
da Dor e do Sofrimento do GFMC. A sua participação situa-se
nas áreas da filosofia analítica (filosofia da mente e
filosofia moral e política) e das ciências cognitivas.
Tem ainda vários artigos publicados: As Ciências Cognitivas
e a Naturalização do Simbólico, Tese de Mestrado, Faculdade
de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de
Lisboa, 1995; Dennett, Millikan e o Teleofuncionalismo,,
Revista Portuguesa de Filosofia, LIV, 3-4, pp.467-509,
1998; Um certo desdém de Habermas face a Derrida, Trabalhos
de Antropologia e Etnologia, vol. 39 (1-2), 1999; A mente
segundo Chomsky, Intelecto, Revista de Divulgação Filosófica
on-line, 1 (http://www.terravista.pt/Guincho/2644), 1999;
Alguns problemas de Filosofia da IA, Intelecto, Revista
de Divulgação Filosófica on-line, 3 (http://www.terravista.pt/Guincho/2644),
2000; Qualia e Razões - Uma História da Interioridade,
Seminário no âmbito do Projecto Para uma Antropologia
da Dor e do Sofrimento do Gabinete de Filosofia Moderna
e Contemporânea da FLUP, 25 de Junho de 1999, a publicar
nos Cadernos do GFMC, Editora Campo das Letras, Porto,
2000; Notas sobre Racionalidade, Revista da Faculdade
de Letras da Universidade do Porto, Série de Filosofia,
nº16, a publicar. |
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