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11.05
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21h30
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EURICO
FIGUEIREDO
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FRANCISCO
CARVALHO GUERRA
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BAG
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| Família
e Famílias: despenalizar os casais com filhos |
| Os
países do primeiro mundo, sobretudo no espaço cultural Europeu,
viveram, nos últimos cinquenta anos, profundas transformações:
desvalorização do tabu da virgindade da mulher; aumento dos
filhos “ilegítimos”; co-habitação socialmente aceite; aumento
das famílias monoparentais; generalização das uniões de facto;
divórcio facilitado e em crescimento; casamentos mais tardios;
planeamento familiar eficaz e generalizado; diminuição do número
de filhos; envelhecimento das populações. Para esta situação
contribuíram: a generalização da democracia, dando progressivamente
um estatuto igualitário aos dois sexos, com consequente educação
e formação profissional também igualitária; os avanços da biologia
da reprodução; as transformações tecnológicas no mundo do trabalho
facilitando o acesso da mulher a este; substituição pelo estado
social, da segurança intergeracional, que antes repousava na
reciprocidade, com desvalorização do trabalho doméstico; socialização
da herança; desvalorização dos filhos pela economia mercantil.
A actual situação conduziu a efeitos negativos que urge corrigir:
fragilizou a família como meio ecológico natural de desenvolvimento
humano, com repercussões a nível da segurança social e de manifestações
psicopatológicas, como a delinquência; inviabilizou o desejo
de maternidade e de filiação dos pais, com brutal quebra da
natalidade e envelhecimento das populações. O que fazer para
defender a igualdade entre os sexos e despenalizar os casais
com filhos? |
| Eurico
José Palheiros de Carvalho Figueiredo
nasceu em Justes (Vila Real) em 1939 e é Psiquiatra, Professor
Universitário, político, ensaísta e animador de movimentos
cívicos. Fez os estudos secundários em Vila Real e os
universitários em Coimbra, Lisboa e Lausana nos conturbados
anos sessenta. Foi um dos mais destacados dirigentes estudantis
da época: foi o primeiro Secretário Geral do Secretariado
Nacional dos Estudantes Portugueses (1962 - 1965) e o
primeiro Secretário Geral do Secretariado Nacional dos
Estudantes Portugueses no Estrangeiro (1965 a 1967). Exilado
na Suíça desde 1965 a 1976 fez a sua formação em Psiquiatria
e Psicoterapia no Departamento de Psiquiatria da Faculdade
de Medicina de Genebra, onde foi Primeiro Chefe de Clínica
e onde se doutorou. Membro Didacta da Sociedade Portuguesa
de Psicanálise e da Sociedade Portuguesa de Psicodrama,
foi director do Hospital Magalhães Lemos e do Instituto
de Ciências Biomédicas de Abel Salazar no Porto, onde
é também Professor Catedrático de Psiquiatria, assim como
no Instituto Superior de Psicologia Aplicada em Lisboa.
É actualmente, também director de serviço no Hospital
Magalhães Lemos. Tem vasta colaboração científica em revistas
nacionais e estrangeiras. Estudioso na área da adolescência
e relação de gerações, publicou nestas áreas os seguintes
ensaios: No Reino de Xantum, Ed. Afrontamento, 1985; Portugal
- Conflito de Gerações, Conflito de Valores, Ed. F. Calouste
Gulbenkian, 1988; Angústia Ecológica e o Futuro, Ed. Gradiva
1993. Mantêm um observatório regular sobre os valores
dos jovens universitários e pais, tendo no prelo a publicação
As Gerações e os Valores: Anos 60, 80 e 90. Publicou também
os ensaios O Chapéu Reclame de Cigarros (1977) e Psicanálise
da Saudade, Ed. O Jornal, (1991) e o roteiro Caminhos
de Caminha (1996). Tem ainda no prelo Contos de Exílio.
Ex-Dirigente do Partido Socialista, foi deputado pelo
círculo do Porto na terceira legislatura, e por Vila Real
na sétima e oitava. É também Ex-Presidente da Comissão
da Administração do Território, Poder Local, Equipamento
Social e Ambiente. Contribuiu para tornar irrecusável
no nosso país o debate anti-proibicionista sobre as toxicodependências,
quando porta-voz do PS para a área da saúde (1992-1995).
Foi o Primeiro português a pedir a suspensão da barragem
de Foz-Côa tendo conduzido o processo político que culminou
com a preservação das célebres gravuras paleolíticas,
actualmente Património Mundial. Em 1997, por este facto,
foi-lhe atribuído pela Federação Internacional da Arte
Rupestre (IFRAO), o Prémio Internacional de Preservação
do Património. Contribuiu para o debate sobre a regionalização
durante o referendo, tendo sido um dos principais animadores
do movimento regionalista “Portugal Plural”. Eurico Figueiredo
foi já Agraciado pelo Presidente da República Portuguesa,
em 1997, com a Grã Cruz da Ordem da Liberdade Primeiro
sócio-fundador, é Secretário Geral da Direcção do movimento
cívico “Intervenção Radical”. É ainda Empresário Agrícola.
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| Francisco
José Amorim de Carvalho Guerra
nasceu em 1932 em Oliveira S. Pedro, Braga, e é casado
com Maria Cecília M.S. Lobo Guerra, sendo pai de 8 filhos.
É Bacharelado em Farmácia (1954) pela Universidade de
Lisboa, Licenciado em Química Farmacêutica (1956) pela
Universidade do Porto e Doutorado em Bioquímica (1964)
também pela Universidade do Porto. É desde 1970 Professor
Agregado nesta Universidade. Apresentou mais de 70 comunicações
científicas em Conferências Nacionais e Internacionais
e foi co-autor de mais de 40 artigos científicos publicados
em revistas nacionais ou internacionais da área de bioquímica,
tendo ainda proferido duas dezenas de seminários em várias
Universidades estrangeiras, nomeadamente na Universidade
da Califórnia, Washington University, Universidade de
Estocolmo, Universidade de Paris, Universidade de Nice,
Universidade de Pamplona, Universidade Autónoma da Madeira,
etc. Organizou já vários Congressos Nacionais e Internacionais
de Bioquímica, bem como vários cursos de verão patrocinados
pela NATO. Foi igualmente eleito Bastonário da Ordem dos
Farmacêuticos, em 1973, e recentemente, em 1999, Presidente
da Sociedade de Ciências Farmacêuticas. Em 1989, foi também
eleito Presidente da Mesa da Assembleia Geral da Direcção
Nacional da Ordem dos Farmacêuticos. Foi entre 1976 e
1978, entre 1985 e 1988, e novamente entre 1989 e 1991
Presidente da Sociedade Portuguesa de Bioquímica. É desde
1973 Membro da New York Academy of Sciences, e desde 1977
Membro da Academia de Ciências de Lisboa. Foi já também
condecorado, em 1985, com a “Grande Oficial da Ordem de
Instrução Pública” por Sua Excelência o Senhor Presidente
da República Doutor Mário Soares; em 1988, com “A Ordem
de Palma Académica” pelo Governo Francês; em 1995 (no
“Dia de Portugal”) com a Grã Cruz da Ordem Militar de
Cristo, por Sua Excelência o Senhor Presidente da República
Doutor Jorge Sampaio; em 1999, com a Medalha de Prata
da Universidade do Minho. Em 1995 foi nomeado Presidente
da Fundação Portugal-África, e em 1998 passou a Vice-Presidente
desta Fundação, actualmente presidida pelo Senhor Presidente
Mário Soares. Francisco Carvalho Guerra foi, de 1985 a
Junho de 1991, Vice-Reitor da Universidade do Porto, é
desde 1994 Membro do Senado desta Universidade e ainda,
desde esta data, Presidente do Conselho Científico da
Fac. de Farmácia do Porto. Foi de 1978 a 1985, Delegado
do Reitor da Universidade Católica, Centro Regional do
Porto, é desde 1985, Presidente da Comissão Administrativa
da Universidade Católica do Porto, Centro Regional Norte.
É também desde 1991 Presidente do Centro Regional do Porto
da Universidade Católica Portuguesa. Foi também, em 1997,
Presidente da Associação das Universidades da Região Norte.
Foi entre 1968 e 1975 Delegado Nacional Adjunto para o
Comité Científico da NATO, de 1970 a 1975, Delegado Nacional
para o Comité Desafios da Sociedade Moderna, NATO, e ainda,
de 1973 a 1978, Membro do Painel das Bolsas de Investigação
da NATO, e seu Presidente de 1977 a 1978. |
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