| André
Green
nasceu no Cairo em 1927. Licenciou-se em Medicina em Paris
e é doutorado em Psiquiatria. Foi assistente do Hospital
Henri-Rousselle, chefe de clínica e leccionou Psiquiatria
na Faculdade de Medicina de Paris (1958/59). Na sua formação
psiquiátrica reconhece a sua filiação com o Prof. Henri
Ey e com o Prof. Ajuriaguerra. Na sua formação psicanalítica
reconhece o estímulo de Maurice Boyet e de Jacques Lacan.
Foi dos primeiros psicanalistas franceses a estabelecer
contacto (1957) com o pensamento dos psicanalistas britânicos,
nomeadamente D. Winnicott, H. Rosenfeld e W. R. Bion.
Todavia André Green, hoje uma figura cimeira na Psicanálise,
caracterizou-se desde sempre pela sua independência e
espírito crítico, sacrificando para tal a sua carreira
hospitalar e universitária, para se dedicar à prática
clínica e à reflexão psicanalítica e a estudos de Psicanálise
Aplicada (obra de Shakespeare, Sartre, etc.). Apaixonado
pela Tragédia Grega chegou a participar no elenco de actores
do Teatro Antigo da Sorbone. André Green é um dos espíritos
mais fulgurantes e originais do actual pensamento psicanalítico
e em todas os Fóruns Internacionais de Psicanálise é o
Tribuno mais apreciado. André Green é membro didacta da
Sociedade Psicanalítica de Paris da qual já foi presidente
(1986/89), assim como director do Instituto de Psicanálise
de Paris (1970/74). Em 1975/77 foi vice-presidente da
Associação Internacional de Psicanálise (API). Em 1979
foi convidado como professor do “Freud Memorial Chair
University College” de Londres. É prof. Honorário da Universidade
de Buenos-Aires, membro da “Academy of Humanities Research”
de Moscovo e membro da “Academy of Sciences” de Nova York.
É autor de numerosos livros traduzidos em diversas línguas,
nomeadamente em português. Entre eles La Folie Privée
(1982), The Fabric of affect and Psychoanalytic discourses,
Le Travail du Negatif (1993), La Causalité Psychique,
Les chaînes d’Eros (1997). |
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Celeste
Malpique
nasceu em Lisboa em 1930 e viveu até à adolescência
em Luanda. Filha de Cruz Malpique (escritor) e irmã
de Manuela Malpique, ambos professores que deixaram
gratas recordações nos seus alunos, cresceu num ambiente
em que foram estimulados os interesses culturais. É
psiquiatra (1962), psiquiatra da infância e adolescência
(1966) e psicanalista (1976). Fez parte da sua formação
em Lisboa (João dos Santos), em Genéve (Ajuriaguerra),
e em Paris (Lebovici, Misés). É membro titular didacta
(1990) da Sociedade Portuguesa de Psicanálise, da qual
é actualmente presidente. Integra a direcção do Instituto
de Psicanálise do Porto. Fez doutoramento em Psicologia
Médica no Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar
da Universidade do Porto, e foi regente daquela disciplina
até 2000, data em que se jubilou como Professora Catedrática
Convidada. Instalou em 1964 o primeiro serviço estatal
de Psiquiatria Infantil no Porto, contribuindo para
a sua expansão e para a formação de numerosos Técnicos
de Saúde Mental. Tem diversas publicações em revistas
nacionais e estrangeiras nas áreas de Psiquiatria Infantil,
Psicanálise e Psicoterapia. Publicou dois livros Ausência
do Pai (1990) e Pais/Filhos em Consulta Psicoterapêutica
(Ed. Afrontamento).
Integrado
no Ciclo "Os outros em Eu" /IPATIMUP, BIAL
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