| Harald
Szeeman
nasceu em 1933, em Berna (Suiça). É doutorado em História
da Arte, Arqueologia e Jornalismo (1960), tendo realizado
os seus estudos em Berna e Paris. Trabalhou já como actor,
cenógrafo e pintor, e actualmente (desde 1957) dedica
o seu tempo a organizar exposições. Neste âmbito, destaca-se
a sua actividade como comissário de Artes Visuais na Bienal
de Veneza, em 1999 (“dAPERTutto”) e em 2001 (“La Platea
dell’Umanitá”), tendo já participado, em 1980, como co-organizador
desta bienal. Destacaríamos igualmente a sua direcção
da “documenta 5”, Kassel, em 1972. Todas as exposições
que organizou, obedeceram, de acordo com as suas próprias
palavras, ao princípio “From Vision to Nail”, e ao seu
conceito de “a-historical intensity in art”. Organizou
já, um pouco por todo o mundo, várias exposições individuais
- de que destacamos Jean Prouvé (1964, Paris, Berna, Munique,
Génova), Roy Lichenstein (1968, Amsterdão, Londres, Berna
e Hanover), Richard Serra (1990, Zurique), Joseph Beuys
(1993/94, Zurique, Madrid, Paris), entre muitos outros
- colectivas (as que destacámos já anteriormente), temáticas,
de poetas colocamos em destaque Victor Hugo (1987, Zurique)
e Charles Baudelaire (1987, Zurique) de âmbito histórico-cultural,
e várias instalações e invenções em museus. Nas suas publicações,
destacaríamos “Ecrire les Expositions” (Bruxelles, La
lettre volée, 1996), obra na qual Harald Szeeman “escreve”,
exterioriza sob a forma de palavras, o seu modo de percepcionar
“a exposição do futuro” (o tema desta conferência!) Harald
Szeeman foi também distinguido com vários prémios: Prize
for Literature of the State of Berne (1970), Premio Lago
Maggiore (Itália, pela exposição “Monte Verità Mountain
of Truth”, 1978, Ascona, Zurique, Berlim, Viena, Munique,
Monte Verità), Prize of Art Cologne (1989), Friedlieb
Ferdinand Runge-Preis für unkonventionelle Kunstvermittlung,
Berlim (1977), Award for Curatorial Excellence, The Center
for Curatorial Studies and Art in Contemporary Culture,
Bard-College, Annandale-on-Hudson, New York (1998), Max
Beckmann-Preis, Frankfurt (2000), Doron-Preis, Zug (2000).
É também membro de vários comités e academias: membro
do “Collège de Pataphysique” (desde 1961), Oficcier de
l’ordre des arts et lettres de la Republique Française
(1997), membro da Academy of Arts (Berlim, desde 1997),
membro da Stanley Johnson Foundation (entre 1979 e 1999),
membro da European Academy of Sciences and Arts (Salzburg,
desde 1997). Desde 1996, lecciona também História da Arte,
na Accademia d’Architettura, em Mendrisio. |
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| Miguel
Von Hafe Pérez
nasceu no Porto, em 1967. É licenciado em História da
Arte pela Faculdade de Letras do Porto. Actualmente é
responsável pela área de Artes Plásticas e Arquitectura
na Porto 2001, Capital Europeia da Cultura. É também o
comissário, nomeado pelo Ministério da Cultura, da representação
portuguesa na Bienal de São Paulo, 2002. Entre 1988 e
1995, na Fundação de Serralves, Porto, coordenou o Serviço
Educativo e foi assistente do Director Cultural. De 1995
a 1998 foi Director Artístico da Fundação Cupertino de
Miranda de Vila Nova Famalicão. Foi docente de Estética
e História da Arte na ESAP, entre 1997 e 1999 (extensão
de Guimarães), e entre 1998 e 2000 no Departamento de
Som e Imagem da Escola das Artes da Universidade Católica
Portuguesa Centro Regional do Porto. Comissariou já
várias exposições, de entre as quais, “Imagens para os
anos noventa”, Fundação de Serralves, Porto e Culturgest,
Lisboa (assessoria ao comissário Fernando Pernes) (1993),
“Fragmentos para um museu imaginário” (com Fernando Pernes),
Fundação de Serralves, Porto (1994), “Surrealismo (e não)”,
Fundação Cupertino de Miranda, V.N. de Famalicão (1994),
“Modernidade: um cadáver esquisito”, Capela da Gandarinha,
Cascais, (1995), “II Bienal de Famalicão em torno de
Camilo”, Fundação Cupertino de Miranda, V. N. de Famalicão
(1997), “Do banal, do cómico e do trágico Andy Warhol,
William Wegman e Luís Campos”, Fundação Cupertino de Miranda,
V.N. de Famalicão (1998); “Bienal de Pontevedra - Fisuras
na Percepción” (com Alberto Gonzales-Alegre), Pazo de
Congressos e Exposicións, Pontevedra (1998),“Distância
Dupla: Augusto Alves da Silva/Luís Palma”, Galeria Pedro
Oliveira, Porto (1999), “Ruído”, Cesar Galeria, Lisboa
(1999), “Bienal de Pontevedra El Espacio como proyecto/el
espacio como realidad”, Pontevedra (assessoria ao comissariado
de Maria Corral) (2000), “A Experiência do Lugar. Arte&Ciência”,
vários locais no Porto (com Paulo Cunha e Silva) e “Squatters/Ocupações”
(2001), Museu de Serralves e cidade, Witte de With, Roterdão
(com Vicente Todolí, João Fernandes e Bartomeu Marí) (2001).
Editou com Luís Palma, entre 1993 e 1997, a revista de
arte e teoria “Confidências para o exílio”. Miguel von
Hafe Pérez é também membro da Associação Internacional
de Críticos de Arte - Secção Portuguesa, e do IKT International
Association of Curators of Contemporary Art. |
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