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12.05
18h00
ALAIN TOURAINE
BOAVENTURA DE SOUSA SANTOS
BAG
Alain Touraine, sociólogo, nasceu em 1925 e é actualmente Coordenador Científico na École des Hautes Etudes en Sciences Sociales. Foi fundador em 1981 e director até 1993 do Centre d’Analyse et d’Intervention Sociologiques de Paris. Entre 1966 e 1969 foi também Professor na Faculté de Lettres de Paris-Nanterre. Membro de diversas associações sociológicas, Alain Touraine foi entre 1968 a 1970, Presidente da Societé Française de Sociologie e de 1974 a 1978 Vice-Presidente da Association Internationale de Sociologie. O seu trabalho pode ser dividido em três períodos. O primeiro período é consagrado à sociologia do trabalho. Neste primeiro período elabora os alguns trabalhos sobre a América Latina, sobre os trabalhadores chilenos das minas de carvão e da siderugia. Desta reflexão resultou, entre outros, o seu livro La societé post-industrielle (Denoël-Gonthier, 1969) e La conscience ouvrière (Seuil, 1966). Durante este período, Alain Touraine definiu também a “sua” sociologia, exposta nos livros Sociologie de l’action (Seuil, 1965) e Production de la Societé (Seuil, 1973). Os acontecimentos do Maio de 68 - sobre os quais escreveu o livro Le Mouvement de Mai ou le communisme utopique (Seuil, 1968) - e os golpes de Estado militares na América Latina, levaram-no a concentrar-se no estudo dos movimentos sociais. Elaborou conjuntamente com um grupo de amigos um método de intervenção sociológica e elaborou, neste âmbito, uma série de estudos de que resultaram as obras La voix et le regard (Seuil, 1978) e Le retour de l’acteur (Fayard, 1984). Durante este segundo período, empregou esforços no estudo da América Latina e no desenvolvimento em geral. Passou o ano de 1981 na Polónia, a estudar Solidarnosc e escreveu um livro sobre a América Latina: La Parole et le Sang (O. Jacob, 1988). O terceiro período inicia-se com Le Retour de l’Acteur (Fayard, 1984) e sobretudo Critique de la Modernité (Fayard, 1982), Qu’est-ce que la démocratie? (Fayard, 1994), Pourrons-nous vivre ensemble? Egaux et différents (Fayard, 1997) e Comment sortir du libéralisme? (Fayard, 1999), obras que apresentam os temas que fundamentam todo o seu trabalho anterior, e nas quais o sujeito aparece como elemento central da acção e dos movimentos sociais. Toda a sua obra constitui-se como uma sociologia da acção, estudada a um nível mais prático no primeiro período, com um âmbito mais histórico durante o segundo período e de feição mais filosófica no terceiro período, atravessando as áreas de estudo da Sociologia do Trabalho e Teoria Social. Alain Touraine é membro da American Academy of Arts and Sciences, da Academia Europae e da Acadèmie Polonaise des Sciences, entre outras. É ainda Doutor Honoris Causa por várias universidades: Université de Cochabamba (1984), Genève (1988), Montréal (1990), Louvain-la Neuve (1992), La Paz (1995), Bologne (1995), Mexico (1996), Santiago (1996), Québec (1997), Córdoba (Argentina, 2000). Foi já distinguido como Officier de la Légion d’Honneur e Officier de l’Ordre National du Mérite.
Boaventura de Sousa Santos nasceu em Coimbra em 1940 e é sociólogo. É Doutorado em Sociologia do Direito pela Universidade de Yale e actualmente é Professor Catedrático da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra. É também Director do Centro de Estudos Sociais, Director do Centro de Documentação 25 de Abril da Universidade de Coimbra e tem sido Professor Visitante em várias Universidades estrangeiras, entre as quais: London School of Economics; Universidade de São Paulo; Universidade de Wisconsin-Madison; Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Publicou já várias obras: Um Discurso sobre as Ciências, Porto, Afrontamento, 1988 (11ª edição); Introdução a uma Ciência Pós-Moderna, Porto, Afrontamento, 1989 (5ª edição). Também publicado por Graal, São Paulo (3ª edição); Estado e Sociedade em Portugal (1974-1988). Porto, Afrontamento, 1990 (2ª edição); Organizador de Portugal — Um Retrato Singular, Porto, Afrontamento, 1993 (2ª edição); Pela Mão de Alice: O Social e o Político na Pós-Modernidade, Porto, Afrontamento, 1994 (7ª edição). Também publicado no Brasil pela Editora Cortez (1995) e na Colômbia, Ediciones Uniandes (1998); Toward a New Common Sense: Law, Science and Politics in the Paradigmatic Transition, New York, Routledge, 1995; (Com Maria Manuel Leitão Marques, João Pedroso e Pedro Lopes Ferreira) Os Tribunais nas Sociedades Contemporâneas: O Caso Português, Porto, Afrontamento, 1996; (Com Maria Manuela Cruzeiro e Maria Natércia Coimbra) O Pulsar da Revolução: Cronologia da Revolução de 25 de Abril (1973-1976), Centro de Documentação 25 de Abril da Universidade de Coimbra. Porto, Afrontamento, 1997; (Com Maria Bento, Maldonado Gonelha, Alfredo Bruto da Costa) Uma visão solidária da reforma da Segurança Social, União das Mutualidades Portuguesas, Centro de Estudos Sociais, 1998; (Com Conceição Gomes) Macau: O Pequeníssimo Dragão Porto, Afrontamento, 1998; La globalización del derecho: los nuevos caminos de la regulación y la emancipación, Colombia, ILSA, Ediciones Universidad Nacional de Colombia, 1998; Reinventar a democracia, Lisboa, Gradiva, 1998 (também publicado em Espanha, Sequitur 1999). (Com Jane Jenson, Organizador e autor) Globalizing Institutions: Case Studies in Regulation and Innovation. Aldershot: Ashgate, 2000; A Crítica da Razão Indolente: Contra o Desperdício da Experiência, Porto, Afrontamento, 2000; A Cor do Tempo Quando Foge, Porto, Afrontamento, 2001; Organizador de Globalização: Fatalidade ou Utopia? Porto, Afrontamento, 2001; (Com Mauricio Garcia Villegas, Organizador) El Caleidoscopio de las Justicias en Colombia, Bogotá: Ediciones Uniandes, Siglo del Hombre, 2001.